quarta-feira, 22 de dezembro de 2010
Visions / Versions of Emily (Part I)
segunda-feira, 13 de dezembro de 2010
vd texto do post anterior
Visions Versions of Emily (Part II)
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Organização do Instituto Camões, Departamento de Espanhol e Português, Programa de Estudos Teatrais e Performativos, e Departamento de Inglês da Universidade de Georgetown
Trabalho de actores de Nikko Massoud-Moghaddam, Emily Miller, Mercedes López, J. P. Calcerano, Allie Villarreal, Mallory Goodman, e a participação especial de Gay Gibson-Cima
Encenação de Ana Maria Delgado e de Susan Lynskey
Vídeo de Manuel Mesquita
(O restante material da sessão de leitura dramatizada, respeitante ao romance de Judith Farr, está em elaboração; espero poder apresentá-lo em breve).
Visions Versions of Emily (Part I)
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sábado, 4 de dezembro de 2010
Vd. texto do post anterior
segunda-feira, 15 de novembro de 2010
Ciclo "Sur l´écran noir de mes nuits blanches" (4)


 Spellbound, em português A Casa Encantada, é um dos filmes de Alfred Hitchcock que tomam como ponto de referência a psicanálise, e o meu preferido, mesmo reconhecendo a superioridade formal de Vertigo, A Mulher que Viveu Duas Vezes. Grande parte do fascínio que sobre mim exerce este filme provém da sua banda sonora, da autoria do compositor americano de origem húngara Miklós Rózsa. Rózsa ganhou três Óscares pela melhor composição original, por Spellbound em 1945, A Double Life em 1948, e Ben-Hur em 1959, para além de ter recebido dez nomeações para o mesmo troféu.
Spellbound, em português A Casa Encantada, é um dos filmes de Alfred Hitchcock que tomam como ponto de referência a psicanálise, e o meu preferido, mesmo reconhecendo a superioridade formal de Vertigo, A Mulher que Viveu Duas Vezes. Grande parte do fascínio que sobre mim exerce este filme provém da sua banda sonora, da autoria do compositor americano de origem húngara Miklós Rózsa. Rózsa ganhou três Óscares pela melhor composição original, por Spellbound em 1945, A Double Life em 1948, e Ben-Hur em 1959, para além de ter recebido dez nomeações para o mesmo troféu.  a desde cedo seguiu o exemplo de compositores de vanguarda seus conterrâneos, como Béla Bartók e Zoltán Kodály, anotando nas aldeias à volta de Budapeste canções populares húngaras que viriam a influenciar decisivamente a sua obra. Começa a estudar violino com cinco anos de idade, e em 1926 estuda música no Conservatório de Leipzig, onde tem como professor de composição Hermann Grabner, discípulo de Max Reger. A formação académica alemã, que se reflecte na predilecção pelo contraponto e fuga, liga-se até ao fim da sua carreira com o sentido melódico herdado da música popular húngara. Este sentido melódico canaliza igualmente outras influências na obra de Rózsa, tais como Richard Strauss, Claude Debussy e Maurice Ravel.
a desde cedo seguiu o exemplo de compositores de vanguarda seus conterrâneos, como Béla Bartók e Zoltán Kodály, anotando nas aldeias à volta de Budapeste canções populares húngaras que viriam a influenciar decisivamente a sua obra. Começa a estudar violino com cinco anos de idade, e em 1926 estuda música no Conservatório de Leipzig, onde tem como professor de composição Hermann Grabner, discípulo de Max Reger. A formação académica alemã, que se reflecte na predilecção pelo contraponto e fuga, liga-se até ao fim da sua carreira com o sentido melódico herdado da música popular húngara. Este sentido melódico canaliza igualmente outras influências na obra de Rózsa, tais como Richard Strauss, Claude Debussy e Maurice Ravel. -se do campo magnético. É um dos poucos instrumentos musicais que os músicos tocam sem contacto corporal com o instrumento. Foi inventado em 1919 pelo professor de Física russo L. S. Termen (1896-1993), que mais tarde adoptou o nome ocidental Leon Theremin. O teremim foi apresentado em 1921 em Moscovo ao 8º Congresso de Electrotecnia da União Soviética. Em 1928, Theremin conseguiu uma patente para o instrumento nos EUA. Em 1929 foi fabricado em Leipzig um "Aetherophon", uma outra designação para o teremim.
-se do campo magnético. É um dos poucos instrumentos musicais que os músicos tocam sem contacto corporal com o instrumento. Foi inventado em 1919 pelo professor de Física russo L. S. Termen (1896-1993), que mais tarde adoptou o nome ocidental Leon Theremin. O teremim foi apresentado em 1921 em Moscovo ao 8º Congresso de Electrotecnia da União Soviética. Em 1928, Theremin conseguiu uma patente para o instrumento nos EUA. Em 1929 foi fabricado em Leipzig um "Aetherophon", uma outra designação para o teremim. O tema musical ambivalente de Spellbound espelha a ambiguidade sexual: a cena citada em baixo, o primeiro beijo dos protagonistas, com as portas abrindo-se para o infinito, a afirmação mais dramática do tema lírico, é imediatamente seguida pelo tema tocado no teremim, quando John começa a ver linhas paralelas no roupão de Constance. A cena repete-se mais tarde na cena em casa de Alex, com a música a sublinhar mais uma vez o padrão de atracção e repulsa.
O tema musical ambivalente de Spellbound espelha a ambiguidade sexual: a cena citada em baixo, o primeiro beijo dos protagonistas, com as portas abrindo-se para o infinito, a afirmação mais dramática do tema lírico, é imediatamente seguida pelo tema tocado no teremim, quando John começa a ver linhas paralelas no roupão de Constance. A cena repete-se mais tarde na cena em casa de Alex, com a música a sublinhar mais uma vez o padrão de atracção e repulsa. Como se os dois, amnésia e enamoramento, ligassem o ser humano a uma
 época arcaica, primordial, que foi esquecida e reprimida e por isso se tornou "unheimlich", estranha, ameaçadora, inquietante (Freud foi na verdade buscar o termo "unheimlich", que designa o que foi outrora familiar, conhecido, íntimo, aos escritos do filósofo romântico alemão Schelling: o prefixo mostra, em língua alemã, a marca do recalcamento ou repressão), como se amnésia e enamoramento tivessem a mesma raiz psíquica, concluo eu...
 época arcaica, primordial, que foi esquecida e reprimida e por isso se tornou "unheimlich", estranha, ameaçadora, inquietante (Freud foi na verdade buscar o termo "unheimlich", que designa o que foi outrora familiar, conhecido, íntimo, aos escritos do filósofo romântico alemão Schelling: o prefixo mostra, em língua alemã, a marca do recalcamento ou repressão), como se amnésia e enamoramento tivessem a mesma raiz psíquica, concluo eu...Fonte principal:
Jack Sullivan, Hitchcock's Music. New Haven and London: Yale University Press, 2006.
quinta-feira, 11 de novembro de 2010
Alfred Hitchcock e a psicanálise
A produção de Hitchcock transcende em muito a recriação em filme do romance policial. Alguns dos aspectos históricos mais marcantes da História do séc. XX atravessam a sua obra, nomeadamente o período da Guerra Fria, caracterizado por uma ordem mundial bipartida, e a espionagem internacional. Disso são exemplo alguns dos seus filmes mais conhecidos, desde o início até ao fim da sua brilhante carreira: The Man Who Knew Too Much (O Homem que Sabia Demais), filmado em 1956 numa nova versão com James Stewart e Doris Day (a primeira versão datava de 1934); The Lady Vanishes (Desaparecida!), de 1938; Notorious (Difamação), de 1946; North by Northwest (Intriga Internacional), de 1959; Torn Curtain (Cortina Rasgada), de 1966; Topaz (Topázio), de 1969 - para citar um pouco de cor aqueles filmes de que melhor me recordo.
Gostaria de chamar hoje a atenção para um grupo de filmes do grande mestre que reflectem uma das correntes de pensamento mais importantes do séc. XX, a psicanálise. São três os filmes nos quais Hitchcock mais directamente se debruçou sobre esta teoria que tanta importância deu ao inconsciente humano: Spellbound (A Casa Encantada), de 1945, Vertigo (A Mulher Que Viveu Duas Vezes), de 1958, e Marnie, de 1964.
Marnie é a história de um caso de cleptomania, Vertigo a história de uma perturbação de medo das alturas, e Spellbound a história de um caso de amnésia. Nenhum destes filmes é um policial clássico, no centro do qual está o desvendar de um crime. Mas já Freud mostrara nos seus escritos sobre psicanálise e nos "Case Studies" sobre histeria como a psicanálise podia ser excitante. A excitação reside no desvendar da mente humana e dos segredos e mistérios do inconsciente. A matriz do romance policial e da análise psicanalítica é semelhante: em ambos os casos se procede do desconhecido para o conhecido, através da análise.
Se bem que Hitchcock estivesse, como realizador, provavelmente mais interessado em criar momentos altos de suspense, a verdade é que se debruçou nestes filmes sobre a psique das personagens centrais: Marnie é a história magistralmente contada de uma jovem, bela e atormentada cleptomaníaca, através do olhar do marido, até ao desvendar da causa da perturbação, uma recordação de infância que fora reprimida devido ao seu carácter traumático. Vertigo, outra obra-prima narrativa, um fracasso de bilheteira na época, foi considerado pelo American Film Institute como um dos 100 melhores filmes de sempre. A personagem interpretada por James Stewart, um detective que sofre de acrofobia, ou medo das alturas, é obrigado pelas circunstâncias a abandonar a sua actividade. Vê-se então enredado numa trama de mistério e sedução, que com grande ironia lhe permitirá curar a sua doença, ao mesmo tempo que o faz perder tragicamente a mulher que ama.
Spellbound, finalmente, é destes três filmes aquele que prefiro, por várias razões. A primeira prende-se com a inversão do lugar-comum da distribuição dos papéis feminino/masculino. Aqui é a personagem masculina, interpretada por Gregory Peck, quem sofre de amnésia, e a personagem feminina, interpretada por Ingrid Bergman, a médica psiquiatra Constance Peterson, quem o ajuda a recuperar a memória. Aprecio também no filme uma sequência do sonho sintomático de John, analisado por Constance, da autoria de Salvador Dali.
Quanto à terceira e mais importante razão desta minha preferência, explicá-la-ei muito em breve no próximo post deste blogue. Para já, aqui fica o trailer do filme:
domingo, 7 de novembro de 2010
Série "Sur l'écran noir de mes nuits blanches" (3)
"Do You Know What It Means To Miss New Orleans?" - Billie Holiday no cinema
O primeiro e único filme que Billie Holiday rodou foi New Orleans, de Arthur Lubin, em 1947. É um pequeno filme em que contracena com Louis Armstrong e no qual interpreta o inesquecível standard "Do You Know What It Means To Miss New Orleans?". Billie pensava que iria representar-se a si própria, mas acabou por ter o papel de uma criada, de nome Endie. Os produtores não desejavam que o filme desse a ideia de que o jazz era produto dos negros... Billie canta ainda "Farewell to Storyville" e "The Blues Are Brewing", neste filme sobre o bairro de Storyville em New Orleans.
Há um outro registo de Billie Holiday numa curta-metragem da Universal/International, Sugar Chile' Robinson, Billie Holiday, Count Basie and His Sextett, de 1950. Billie cantava neste filme a sua composição "God Bless the Child" e "Now, Baby or Never".
Billie Holiday viria a morrer em 1959 com apenas 44 anos, mas a lenda à volta desta cantora de jazz única continua.
(vd. a segunda parte da sequência fílmica de New Orleans no post anterior).
domingo, 31 de outubro de 2010
Série "Sur l'écran noir de mes nuits blanches" (2)
"Comic Strip" é mais uma composição de Serge Gainsbourg dos anos 1960, gravada entre 1965 e 1968, incluída na antologia com o mesmo nome de 1997. Podemos ouvir Gainsbourg com Brigitte Bardot, no papel de uma heroína que parece inspirar-se na figura feminina de banda desenhada Barbarella, criada em 1962 por Jean-Claude Forest. Barbarella veio a inspirar o filme de culto com o mesmo nome de Roger Vadim em 1968, com Jane Fonda no papel principal, um filme que mistura a ficção científica com um forte elemento erótico. Qualquer uma destas figuras femininas se situa no intervalo entre sex-symbol e ícone feminista, uma contradição retomada por Lara Croft e pela sua intérprete no cinema, Angelina Jolie (nos filmes de 2001 e 2003, Tomb Raider e Tomb Raider: O Berço da Vida, inspirados num jogo de vídeo). Vejamos então e oiçamos BB num exigente papel, exclamando: "ZIP!", "SHEBAM!", "POW!", "BLOP!", e "WIZZ!", tal como as heroínas de banda desenhada na qual a canção se inspira ...
domingo, 24 de outubro de 2010
Frederica von Stade - Blue Rondo à la Turk
Ainda a propósito da nova série deste blogue, sobre música no cinema e cinema na música, "Sur l'écran noir de mes nuits blanches", iniciada anteontem, aqui fica a versão de Frederica von Stade com Chris Brubeck e Bill Crofut de "Blue Rondo à la Turk", cantada em inglês.
sexta-feira, 22 de outubro de 2010
Série "Sur l'écran noir de mes nuits blanches" (1)
"À Bout de Souffle" - Claude Nougaro
Inicia-se hoje neste blogue a série "Sur l'écran noir de mes nuits blanches", dedicada à ligação da música com o cinema e vice-versa. Este primeiro número homenageia o cantor francês Claude Nougaro, a cuja canção com o mesmo título fomos buscar o nome para a série. Temos, assim, o prazer de apresentar Claude Nougaro na sua versão de 1964 do emblemático "Blue Rondo à la Turk", do álbum de Dave Brubeck Time Out, de 1959. Este tema é, simultaneamente, homenagem ao filme de Jean-Luc Godard À Bout de Souffle, de 1960. Apresentamos, naturalmente, também o próprio Dave Brubeck com o seu quarteto no espectáculo televisivo The Lively Ones, primeira emissão a 25 de Julho de 1962, a tocar "Blue Rondo à la Turk", enquanto o vemos a voar num tapete mágico por cima de uma auto-estrada de Los Angeles. (ver também o post anterior)
domingo, 10 de outubro de 2010
 Prémio da Paz da Associação Livreira Alemã de 2010 atribuído ao escritor israelita David Grossman - o ex-candidato à Presidência alemã, Joachim Gauck, fez o discurso laudatório
 Prémio da Paz da Associação Livreira Alemã de 2010 atribuído ao escritor israelita David Grossman - o ex-candidato à Presidência alemã, Joachim Gauck, fez o discurso laudatórioComo acontece todos os anos no encerramento da Feira do Livro de Frankfurt, foi hoje atribuído o Prémio da Paz da Associação Livreira Alemã. Este ano, foi para o escritor israelita David Grossman, tendo o discurso laudatório sido proferido pelo ex-candidato à presidência alemã pela SPD e Verdes, e activista dos direitos humanos, Joachim Gauck. O prémio foi entregue hoje, 10 de Outubro de 2010, numa sessão solene na Igreja de S. Paulo em Frankfurt (lugar de importância histórica para o desenvolvimento da democracia na Alemanha, desde a Assembleia Nacional de Frankfurt em 1848). É assim desde que foi atribuído na sua segunda edição, a 16 de Setembro de 1951, a Albert Schweitzer. É praticamente impossível arranjar bilhete para este evento, mas pôde assistir-se à sessão em directo, transmitida pela ARD, o 1º canal da televisão alemã.
Fonte: página da Internet do Prémio da Paz da Associação Livreira Alemã, Friedenspreis des Deutschen Buchhandels.
Copyright da fotografia de David Grossman: Kobi Kalmanovitz.
quarta-feira, 15 de setembro de 2010
sábado, 21 de agosto de 2010

Corpos Incomuns
- Albrecht Schöne, Schillers Schädel. München: C. H. Beck Verlag, 2002
- Herbert Ulrich, ... und ewig währt der Streit um Schillers Schädel. München: Verlag Dr. F. Pfleil, 2008
- Jonas Maatsch / Christoph Schmälze, Schillers Schädel - Physiognomie einer fixen Idee. Göttingen: Wallstein Verlag, 2009
- Rainer Schmitz, Was geschah mit Schillers Schädel. Alles, was Sie über Literatur nicht wissen. Frankfurt a.M.: Eichhorn Verlag, 2006
- Vários artigos de Der Spiegel e Die Welt on-line
sábado, 24 de julho de 2010

sexta-feira, 23 de julho de 2010
terça-feira, 13 de julho de 2010
segunda-feira, 12 de julho de 2010

domingo, 11 de julho de 2010
sábado, 10 de julho de 2010

 


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