quarta-feira, 22 de dezembro de 2010
Visions / Versions of Emily (Part I)
segunda-feira, 13 de dezembro de 2010
vd texto do post anterior
Visions Versions of Emily (Part II)
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Organização do Instituto Camões, Departamento de Espanhol e Português, Programa de Estudos Teatrais e Performativos, e Departamento de Inglês da Universidade de Georgetown
Trabalho de actores de Nikko Massoud-Moghaddam, Emily Miller, Mercedes López, J. P. Calcerano, Allie Villarreal, Mallory Goodman, e a participação especial de Gay Gibson-Cima
Encenação de Ana Maria Delgado e de Susan Lynskey
Vídeo de Manuel Mesquita
(O restante material da sessão de leitura dramatizada, respeitante ao romance de Judith Farr, está em elaboração; espero poder apresentá-lo em breve).
Visions Versions of Emily (Part I)
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sábado, 4 de dezembro de 2010
Vd. texto do post anterior
segunda-feira, 15 de novembro de 2010
Ciclo "Sur l´écran noir de mes nuits blanches" (4)
Como se os dois, amnésia e enamoramento, ligassem o ser humano a uma época arcaica, primordial, que foi esquecida e reprimida e por isso se tornou "unheimlich", estranha, ameaçadora, inquietante (Freud foi na verdade buscar o termo "unheimlich", que designa o que foi outrora familiar, conhecido, íntimo, aos escritos do filósofo romântico alemão Schelling: o prefixo mostra, em língua alemã, a marca do recalcamento ou repressão), como se amnésia e enamoramento tivessem a mesma raiz psíquica, concluo eu...
Fonte principal:
Jack Sullivan, Hitchcock's Music. New Haven and London: Yale University Press, 2006.
quinta-feira, 11 de novembro de 2010
Alfred Hitchcock e a psicanálise
A produção de Hitchcock transcende em muito a recriação em filme do romance policial. Alguns dos aspectos históricos mais marcantes da História do séc. XX atravessam a sua obra, nomeadamente o período da Guerra Fria, caracterizado por uma ordem mundial bipartida, e a espionagem internacional. Disso são exemplo alguns dos seus filmes mais conhecidos, desde o início até ao fim da sua brilhante carreira: The Man Who Knew Too Much (O Homem que Sabia Demais), filmado em 1956 numa nova versão com James Stewart e Doris Day (a primeira versão datava de 1934); The Lady Vanishes (Desaparecida!), de 1938; Notorious (Difamação), de 1946; North by Northwest (Intriga Internacional), de 1959; Torn Curtain (Cortina Rasgada), de 1966; Topaz (Topázio), de 1969 - para citar um pouco de cor aqueles filmes de que melhor me recordo.
Gostaria de chamar hoje a atenção para um grupo de filmes do grande mestre que reflectem uma das correntes de pensamento mais importantes do séc. XX, a psicanálise. São três os filmes nos quais Hitchcock mais directamente se debruçou sobre esta teoria que tanta importância deu ao inconsciente humano: Spellbound (A Casa Encantada), de 1945, Vertigo (A Mulher Que Viveu Duas Vezes), de 1958, e Marnie, de 1964.
Marnie é a história de um caso de cleptomania, Vertigo a história de uma perturbação de medo das alturas, e Spellbound a história de um caso de amnésia. Nenhum destes filmes é um policial clássico, no centro do qual está o desvendar de um crime. Mas já Freud mostrara nos seus escritos sobre psicanálise e nos "Case Studies" sobre histeria como a psicanálise podia ser excitante. A excitação reside no desvendar da mente humana e dos segredos e mistérios do inconsciente. A matriz do romance policial e da análise psicanalítica é semelhante: em ambos os casos se procede do desconhecido para o conhecido, através da análise.
Se bem que Hitchcock estivesse, como realizador, provavelmente mais interessado em criar momentos altos de suspense, a verdade é que se debruçou nestes filmes sobre a psique das personagens centrais: Marnie é a história magistralmente contada de uma jovem, bela e atormentada cleptomaníaca, através do olhar do marido, até ao desvendar da causa da perturbação, uma recordação de infância que fora reprimida devido ao seu carácter traumático. Vertigo, outra obra-prima narrativa, um fracasso de bilheteira na época, foi considerado pelo American Film Institute como um dos 100 melhores filmes de sempre. A personagem interpretada por James Stewart, um detective que sofre de acrofobia, ou medo das alturas, é obrigado pelas circunstâncias a abandonar a sua actividade. Vê-se então enredado numa trama de mistério e sedução, que com grande ironia lhe permitirá curar a sua doença, ao mesmo tempo que o faz perder tragicamente a mulher que ama.
Spellbound, finalmente, é destes três filmes aquele que prefiro, por várias razões. A primeira prende-se com a inversão do lugar-comum da distribuição dos papéis feminino/masculino. Aqui é a personagem masculina, interpretada por Gregory Peck, quem sofre de amnésia, e a personagem feminina, interpretada por Ingrid Bergman, a médica psiquiatra Constance Peterson, quem o ajuda a recuperar a memória. Aprecio também no filme uma sequência do sonho sintomático de John, analisado por Constance, da autoria de Salvador Dali.
Quanto à terceira e mais importante razão desta minha preferência, explicá-la-ei muito em breve no próximo post deste blogue. Para já, aqui fica o trailer do filme:
domingo, 7 de novembro de 2010
Série "Sur l'écran noir de mes nuits blanches" (3)
"Do You Know What It Means To Miss New Orleans?" - Billie Holiday no cinema
O primeiro e único filme que Billie Holiday rodou foi New Orleans, de Arthur Lubin, em 1947. É um pequeno filme em que contracena com Louis Armstrong e no qual interpreta o inesquecível standard "Do You Know What It Means To Miss New Orleans?". Billie pensava que iria representar-se a si própria, mas acabou por ter o papel de uma criada, de nome Endie. Os produtores não desejavam que o filme desse a ideia de que o jazz era produto dos negros... Billie canta ainda "Farewell to Storyville" e "The Blues Are Brewing", neste filme sobre o bairro de Storyville em New Orleans.
Há um outro registo de Billie Holiday numa curta-metragem da Universal/International, Sugar Chile' Robinson, Billie Holiday, Count Basie and His Sextett, de 1950. Billie cantava neste filme a sua composição "God Bless the Child" e "Now, Baby or Never".
Billie Holiday viria a morrer em 1959 com apenas 44 anos, mas a lenda à volta desta cantora de jazz única continua.
(vd. a segunda parte da sequência fílmica de New Orleans no post anterior).
domingo, 31 de outubro de 2010
Série "Sur l'écran noir de mes nuits blanches" (2)
"Comic Strip" é mais uma composição de Serge Gainsbourg dos anos 1960, gravada entre 1965 e 1968, incluída na antologia com o mesmo nome de 1997. Podemos ouvir Gainsbourg com Brigitte Bardot, no papel de uma heroína que parece inspirar-se na figura feminina de banda desenhada Barbarella, criada em 1962 por Jean-Claude Forest. Barbarella veio a inspirar o filme de culto com o mesmo nome de Roger Vadim em 1968, com Jane Fonda no papel principal, um filme que mistura a ficção científica com um forte elemento erótico. Qualquer uma destas figuras femininas se situa no intervalo entre sex-symbol e ícone feminista, uma contradição retomada por Lara Croft e pela sua intérprete no cinema, Angelina Jolie (nos filmes de 2001 e 2003, Tomb Raider e Tomb Raider: O Berço da Vida, inspirados num jogo de vídeo). Vejamos então e oiçamos BB num exigente papel, exclamando: "ZIP!", "SHEBAM!", "POW!", "BLOP!", e "WIZZ!", tal como as heroínas de banda desenhada na qual a canção se inspira ...
domingo, 24 de outubro de 2010
Frederica von Stade - Blue Rondo à la Turk
Ainda a propósito da nova série deste blogue, sobre música no cinema e cinema na música, "Sur l'écran noir de mes nuits blanches", iniciada anteontem, aqui fica a versão de Frederica von Stade com Chris Brubeck e Bill Crofut de "Blue Rondo à la Turk", cantada em inglês.
sexta-feira, 22 de outubro de 2010
Série "Sur l'écran noir de mes nuits blanches" (1)
"À Bout de Souffle" - Claude Nougaro
Inicia-se hoje neste blogue a série "Sur l'écran noir de mes nuits blanches", dedicada à ligação da música com o cinema e vice-versa. Este primeiro número homenageia o cantor francês Claude Nougaro, a cuja canção com o mesmo título fomos buscar o nome para a série. Temos, assim, o prazer de apresentar Claude Nougaro na sua versão de 1964 do emblemático "Blue Rondo à la Turk", do álbum de Dave Brubeck Time Out, de 1959. Este tema é, simultaneamente, homenagem ao filme de Jean-Luc Godard À Bout de Souffle, de 1960. Apresentamos, naturalmente, também o próprio Dave Brubeck com o seu quarteto no espectáculo televisivo The Lively Ones, primeira emissão a 25 de Julho de 1962, a tocar "Blue Rondo à la Turk", enquanto o vemos a voar num tapete mágico por cima de uma auto-estrada de Los Angeles. (ver também o post anterior)
domingo, 10 de outubro de 2010
Como acontece todos os anos no encerramento da Feira do Livro de Frankfurt, foi hoje atribuído o Prémio da Paz da Associação Livreira Alemã. Este ano, foi para o escritor israelita David Grossman, tendo o discurso laudatório sido proferido pelo ex-candidato à presidência alemã pela SPD e Verdes, e activista dos direitos humanos, Joachim Gauck. O prémio foi entregue hoje, 10 de Outubro de 2010, numa sessão solene na Igreja de S. Paulo em Frankfurt (lugar de importância histórica para o desenvolvimento da democracia na Alemanha, desde a Assembleia Nacional de Frankfurt em 1848). É assim desde que foi atribuído na sua segunda edição, a 16 de Setembro de 1951, a Albert Schweitzer. É praticamente impossível arranjar bilhete para este evento, mas pôde assistir-se à sessão em directo, transmitida pela ARD, o 1º canal da televisão alemã.
Fonte: página da Internet do Prémio da Paz da Associação Livreira Alemã, Friedenspreis des Deutschen Buchhandels.
Copyright da fotografia de David Grossman: Kobi Kalmanovitz.
quarta-feira, 15 de setembro de 2010
sábado, 21 de agosto de 2010
Corpos Incomuns
- Albrecht Schöne, Schillers Schädel. München: C. H. Beck Verlag, 2002
- Herbert Ulrich, ... und ewig währt der Streit um Schillers Schädel. München: Verlag Dr. F. Pfleil, 2008
- Jonas Maatsch / Christoph Schmälze, Schillers Schädel - Physiognomie einer fixen Idee. Göttingen: Wallstein Verlag, 2009
- Rainer Schmitz, Was geschah mit Schillers Schädel. Alles, was Sie über Literatur nicht wissen. Frankfurt a.M.: Eichhorn Verlag, 2006
- Vários artigos de Der Spiegel e Die Welt on-line